Uma lição de Reis

Em meio a alguns versos de meia regularidade, depois de uma deliberação abstrata dotada de um purismo exagerado, eis o nosso discípulo-quase-mestre:


Natureza.
Entende-se o caráter efêmero da vida e nada resta senão aceitá-lo. Sem aborrecimentos, sem lembranças.

Conformidade.
Valorizar o aspecto cíclico da vida, aproveitar a aurora, admirar as folhas na primavera e despedir-se delas no outono.

Epicurismo.
Ponto de equilíbrio, sem exagero de emoção, sem cansaço.
Não se escapa da hora fugitiva. O que pensamos, seja amor ou deuses, passa porque passamos.

No rio das coisas.
Bebendo a goles os instantes frescos. O que é sério pouco importe, o grave pouco pese, porque o que levamos desta vida é inútil.

 

Apenas a memória de um jogo bem jogado.



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