Postagens

Mostrando postagens de 2011

Alguns... um

Foram alguns alunos, mas eram tantas as histórias. Cada um com a sua própria "bagagem", suas múltiplas facetas e particularidades. Eu os lembro um por um. Lembro os erros que transformamos em piadas, as brincadeiras que despertavam nossa infância, as músicas que cantamos, as encenações que traziam à tona o nosso eu-ator. Cada um era um personagem diferente à cada aula. Inclusive eu... Eu aprendia tanto que nem achava justo ocupar a posição de "professor": eles sempre tinham algo a me ensinar. Até que um dia eu recebi um postal inusitado: "Je réalise mon rêve dans une Paris insolite parce que tu m'a enseigné plus que la langue française. Merci PROFESSEUR". Et donc, je me suis dit: acho que sou um pouquinho professora também!

Antes de partir...

Afinal, o que realmente importa? Já dizia Ricardo Reis que a morte é a única certeza na vida. Então, que tal reparar na lua, apesar do frio? Ou alimentar a nossa alma com a mesma vontade que alimentamos nosso corpo num banquete de domingo? Porque é preciso entender que o sucesso é uma sucessão de momentos felizes, e nada mais. Porque é preciso ter um plano, saber aonde se quer chegar, escolher o que vale a pena. Há muitas portas na vida, umas se fecham, outras se abrem, mas a senha é sempre a mesma: responder "sim". O que eu guardaria em uma caixinha de preciosidades? "Vou levar pra sempre comigo lembranças, bons momentos e a minha família. O sorriso dos meus pais, leveza e bons amigos". Memórias, o cheiro da infância, o amor, a arte. Guardaria, também, aquele cordão umbilical que jamais se rompe, o fio que une as pessoas e nos preenche o vazio com a sensação de não estarmos sozinhos. E não estamos. Nada é por acaso. Se hoje fosse o meu último dia na Terra? Eu

o céu do subsolo

no subsolo anulo a vida despercebida no casulo fico sem rumo alheia ao mundo no céu paisagem fechada enclausurada no amanhecer eu me desfaço e me rendo ao seu abraço

Dissident – la représentation d’un texte libre

Imagem
Espetáculo Dissidente. Foto: Cacá Bernardes L a représentation théâtrale, faite par le groupe Núcleo Caixa Preta, de la pièce Dissidente (Dissident, il va sans dire), texte de Michel Vinaver traduit par Jean-Claude Bernardet et Rubens Rewald, a su donner une vivacité inespérée au texte du dramaturge français. L’histoire vécue par Héléne (l’actrice Cácia Goulart) et son fils Philippe (l’acteur João Geraldo Rodrigues) se passe dans leur appartment en France, peut-être vers 1968, à l’époque de l’épisode de Mai 68 qui a fait bouleverser les valeurs consummistes de la société bourgeoise, ce qui est travaillée dans la pièce à travers le quotidien de cette famille. La mère, abandonnée par son mari – un “ex” communiste qui travaille dans une entreprise, maintient une relation cordiale avec le fils et n’apparaît pas physiquement dans l’histoire – est inquiète avec la situation frivole de son fils, surtout quand il n’était pas employé, parce qu’elle avait peur d’être remplacée par une machi