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Mostrando postagens de novembro, 2010

Proust e seu livro

De certo o sabia, quem viveu com a vida e a obra emaranhadas, que viveu fazendo-as, refazendo-as, elastecendo-a em tempo e páginas, que vestiu sua obra, por dentro, percorrendo-a, viajando em seu barco, decerto viu que um dia acabá-la era matar-se em livro, suicidá-lo. (João Cabral de Melo Neto, Museu de tudo )

À la Baudelaire

A morte é o fim. Não é Deus, nem o amor. Somente a morte. As tentativas de evasão, sejam no mundo superficial da modernidade, sejam nos paraísos artificiais, são apenas tentativas. Fazer da feiura uma estética para alimentar o prazer de desagradar a aristocracia é magia verbal, imaginação criadora, paradoxo com idealidade vazia. O conflito da existência só se exprime, pois, com a contradição da poesia.

Para um novo ano

Imagem
Existe um imenso infinito através do muro.