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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Encontros

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Je n'ai que le silence pour écouter... Da ilha de Frioul eu posso avistar Marseille. Imagino que neste momento há pessoas espalhando sua gentileza por lá. E aqui, não se veem passantes. Alguns barcos ao fundo e a maré que se encarrega de acompanhá-los compõem uma pequena parcela da paisagem. Entre rochedos, penetro rumo ao infinito, guiada pelo som dos pássaros. O vento acaricia meus labios, me conforta e me impulsiona ao longe. Percebo que não estou totalmente sozinha, tenho a natureza para testemunhar minha transformação. Imensa. O frio se instala em minhas veias e, paradoxalmente, aquece meu coração. Vejo a sombra das minhas asas não mais hesitantes, não mais temem o desconhecido, aprendem com ele. As palavras surgem na minha mente em forma de texto e eu as desorganizo quando escrevo. Sinto-me um Baudelaire fora da multidão: Les parfums, les couleurs et les sons se répondent. "— Não, não espere por mim. Viva o quanto puder, onde houver vida, onde você es

Je vais et je reviens

"tu rigoles maman, tu rigoles", a dit le petit garçon à la Gare St. Lazare. Les oiseux sont presque partout et il essaye de les suivre. ça ne semble pas drôle pour les autres. Mais le garçon, il sait déjà que la vie est pleine des choses simples, parfois bizarres ou non rigolantes, donc il faut quand même trouver un sens, un moyen pour se faire sourrir, s'amuser en regardant les petites bestioles qu'arrivent de temps en temps et on ne se rend pas compte. Le garçon a très envie de voyager, je le sais. il suit l'oiseux parce qu'il veut voler autour du monde, chercher l'impossible, connaître ses propres autres "êtres" qui sont cachés dans quelque part. Il est vendredi aprés-midi, il fait -3°C dehors. Je pourrais être le petit garçon, pourtant aujourd'hui je suis le petit oiseux.

C'est dômage!

— Tu n'as pas l'accent français... — C'est parce que je ne suis pas française, je suis brésiliènne. — Ah bon! et tu parles très bien le français. J'ai connu un brésilien qui ne parlait que l'espagnol et l'anglais. — Alors, il n'était pas brésilien du tout. La seule langue maternelle et oficielle au Brésil c'est le portugais. — Non! Pas l'espagnol? Ni anglais? — Bah oui, c'est vrai! [c'est toujours comme ça] — Et tu vas rester ici pendant toute la durée du cours? — Non, seulement 1 mois, alors il faut voyager quand même. — C'est dômage!

Un taxi haïtien

Oui, j'aime les soirées mais j'aime bien dormir aussi... Fui aconselhada a ir em uma balada francesa. Tá, eu topo! Em São Paulo eu só tenho ido a baladas rock'n'roll ou GLSBTTTXYZ, mas na França vale tudo e mais um pouco. Tenho uma amiga que mora em Porte de Clignancourt ( banlieu de Paris = periferia), porém, para quem é da ZL, ça va . Lá fui eu, sozinha, sem portable ou mesmo números de telefone anotados (ba aa d idea ) e, ah!, sem o endereço também. Ela me esperava com crêpes e vinho para esquentar a soirée . 1 hora e 15 min. de metrô depois, desci da gare e logo comecei a perguntar pelo CROUS, o prédio da residência universitária. Muitos árabes, argelinos e bangladeshenses no caminho, resolvi perguntar justo pras duas mocinhas que estavam dando sopa ali na esquina. Disseram pra pegar o caminho xis e quando me virei pra fazer exatamente o contrário do que me indicaram (sotaque dificil, pô!), eis que encontro as meninas, quase mortas de preocupação, e me pergun

Notre Dame ou Sacre Cœur ?

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Um passeio em Montmartre com pit stop no Deux Moulins , muitas souvenirs e fotos com vendedores de boulangeries , fleures e marchés são apenas um detalhe. Um fulano tocando HARPA, uma missa rezada em latim, a vista da parte terrestre mais alta de Paris, folhetos em português (porque Portugal parece não pertencer à União Europeia) e a falta de um pseudo-corcunda me fazem preferir, sem dùvidas, a Sacre Cœur .

Cliché

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Se pudéssemos passar 1 minuto, apenas 1 minuto apreciando, quer dizer, em frente a cada uma das obras do Louvre, seriam necessarios 4 meses para ver todo o acervo do museu (da pra calcular quantas obras estão la?). Descobri essa informação enquanto passeava de barco pelo rio Sena e tentava prestar atenção na guia turistica enquanto a passagem deslumbrante facilmente me distraia (no pretérito perfeito, teclado francês não me permite colocar os agudos). Fui levada à parte externa do bateau mouche e meus olhos congelaram. Sim, literalmente. Tudo por uma foto bem turistica em frente a Torre Eiffel. Em meio a tanta curiosidade, voltemos ao Louvre. Era necessario escolher por onde começar... ja me contaram diferentes impressões da Monna Lisa , claro, então agora é a minha vez de ter a minha. Vamos la! Não, ela não é pequena. Ah, se comparada ao enorme quadro que esta na frente dela qualquer pintura fica pequena e, ja que tudo na vida depende de um referencial, a Monalisa é, eu diria, comov