Encontros
Je n'ai que le silence pour écouter... Da ilha de Frioul eu posso avistar Marseille. Imagino que neste momento há pessoas espalhando sua gentileza por lá. E aqui, não se veem passantes. Alguns barcos ao fundo e a maré que se encarrega de acompanhá-los compõem uma pequena parcela da paisagem. Entre rochedos, penetro rumo ao infinito, guiada pelo som dos pássaros. O vento acaricia meus labios, me conforta e me impulsiona ao longe. Percebo que não estou totalmente sozinha, tenho a natureza para testemunhar minha transformação. Imensa. O frio se instala em minhas veias e, paradoxalmente, aquece meu coração. Vejo a sombra das minhas asas não mais hesitantes, não mais temem o desconhecido, aprendem com ele. As palavras surgem na minha mente em forma de texto e eu as desorganizo quando escrevo. Sinto-me um Baudelaire fora da multidão: Les parfums, les couleurs et les sons se répondent. "— Não, não espere por mim. Viva o quanto puder, onde houver vida, onde você es...