Modernidade?
A doçura que envolve e o prazer que assassina.
O século XIX: "transformação verdadeira a partir de uma ruptura consigo mesmo". Paris dos boulevares, London, Lisbon revisited. No carrefour da ausência de heroísmos e da ideologia revolucionária: Baudelaire e Cesário Verde. Sobreposição de opostos, rompimento de expectativas, estratégia imagética, ironia, metáfora, uma cidade passante. O grotesco, o positivismo lírico, o convívio entre o racional e o emocional. Ah, sim, o preciosismo da composição, a arte pela arte, a negação do estereótipo belo. Se Baudelaire diria que em Paris cabe o mundo inteiro menos os poetas, Cesário Verde também não cabe na Lisboa do século XIX. A individualidade dissolvida na multidão. Efeitos da modernidade.
Poemas: As flores do mal, de Charles Baudelaire. Frígida, Esplêndida, Vaidosa e Setentrional, de Cesário Verde.
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