Sobre os escritos no meio do caminho
Gosto de pessoas que escrevem bem porque, para atingirem tamanha proeza significa que, além de terem passado por experiências marcantes (que mudam a própria vida e podem, também, mudar a do outro), elas leem. E leem muito. E eu gosto de pessoas que leem porque elas são perigosas. O perigo está na desconstrução de limites, quando a imaginação torna-se um ideal mais paupável que uma ideologia qualquer. E essas pessoas, ah, como eu me identifico com elas! Vivem tudo o que podem viver, mas quando não conseguem atingir tamanha intensidade, elas simplesmente imaginam um texto, um texto da vida. Então basta escrevê-lo para continuar vivendo e, mais do que isso, compartilhar um pedaço de suas vidas com os outros muitos curiosos que têm sede de mundo.
que lindooo! eu concordo plenamente.
ResponderExcluirloveeeee.
adorei a parte das pessoas perigosas...
ResponderExcluirexcelente o texto.
parabéns!
Oi minha querida!
ResponderExcluirSabe que vc está completamente certa? Há coisas que a gente sente, que não sei explicar como é, pq é difícil até de se colocar em palavras, mas sabemos que vai ser impossível vivenciar isso no que chamamos de realidade, aí, apelamos para a realidade da escrita, da ficção, que em muitos casos, é mais real do que qualquer outra realidade. Embora não seja tão real assim, pq nenhum texto é fiel à idéia que o originou. Eu queria simplesmente despejar o pensado no escrito. Mas eu mal consigo exprimir o falado, imagine o pensado!
Dá pra entender isso?
um bjinho!
Little Dani, Fernando Pessoa explica: a dor que o poeta diz que sente não é a dor que deveras sente. Sabemos que isso sempre acontece e pode parecer frustante, porém, essa terceira dor não é necessariamente menos dolorosa que a primeira. E o melhor (ah, isso Pessoa não disse), ao invés de despejar o pensado no escrito, vc o guarda apenas pra vc, como um segredinho, e as singelas gotas que caírem no papel são um peso a menos pra vc carregar!
ResponderExcluirVá em frente, amiga!
Um beijo